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Total de unidades produzidas em março chegou a 2,9 milhões de toneladas, o que dá autoestima ao setor, que vive efeitos da inflação e da guerra na Ucrânia
Aço Brasil também prevê elevação de 2,5% nas vendas internas em 2022, chegando a um total de 23 milhões de toneladas (foto: Aço Brasi/Divulgação) Apesar da inflação e das consequências do conflito envolvendo Rússia e Ucrânia, a produção de aço no Brasil cresceu 4,9% em um ano, chegando ao total de 2,9 milhões de toneladas produzidas. Os dados são da Aço Brasil, entidade que responde pela atividade. LEIA MAIS 16:25 - 26/04/2022 Fábrica da Heineken em Minas Gerais será em Passos, no Sul do estado 15:14 - 26/04/2022 Justiça cancela dívida de idosa vítima do 'Golpe do Motoboy' 20:42 - 25/04/2022 Dólar sobe para R$ 4,87 e fecha no maior valor em um mês As exportações renderam no mês passado o montante de US$ 993 milhões. Foram enviadas para fora do Brasil uma remessa de 1,2 milhões de toneladas de aço. Com isso, a produção em 2022 deve avançar 2,2% em relação ao ano passado, com 36,9 milhões de toneladas produzidas nas indústrias de todo o país. O crescimento é bem inferior se comparado ao ano passado, que obteve avanço de 15,2% na produção frente a 2020, no auge da pandemia do coronavírus. O total produzido, porém, foi inferior no período: 36,1 milhões de toneladas. A Aço Brasil também prevê elevação de 2,5% nas vendas internas, chegando a um total de 23 milhões de toneladas. Por sua vez, a expectativa é de que 11 milhões de toneladas de aço sejam exportadas para o mercado internacional, crescimento de 1,5% em relação a 2021. O consumo aparente, que inclui vendas internas e importação por distribuidores e consumidores, também terá previsão de crescimento de 1,5%, com cerca de 26,8 milhões de toneladas. Em março de 2022, a produção de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 10,1% em relação ao mês anterior. As vendas internas cresceram 20,2% no mês passado em comparação com fevereiro, chegando a 1,8 milhões de toneladas. Enquanto isso, o consumo aparente cresceu 14,7% em março sobre fevereiro de 2022, chegando a 2,1 milhões de toneladas. “Não falta oferta de aço, o que falta é a demanda. A indústria segue comprometida com o país. O aço é parte de uma cadeia que vem sendo duramente afetada nos últimos anos”, explica o presidente da Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Inflação O levantamento da Aço Brasil mostrou que os principais insumos da indústria de aço tiveram inflação gigantesca desde janeiro de 2020. O carvão mineral teve elevação de 315,8% no período, enquanto o ferro-gusa obteve alta de 218,7%. Níquel (180,1%), sucata (158,7%) e zinco (108,4%) também apresentaram grande elevação do preço no mercado internacional e impactaram no setor nacional. A guerra na Ucrânia foi o estopim para a elevação da matéria-prima e insumos energéticos. Marco Polo afirmou que a contribuição do aço no Índice de Preço ao Atacado (IPA) da Fundação Getúlio Vargas é muito baixa, por isso, não tende a chegar ao consumidor final com intensidade. “O aço não pode ser responsabilizado pela inflação. É uma preocupação essa grande escalada dos preços dos insumos”, afirmou o presidente executivo da Aço Brasil. Segundo a Aço Brasil, no acumulado em 12 meses, considerando o IPA total de 17,6%, a participação do vergalhão foi de apenas 0,013 ponto percentual e da bobina a quente de 0,103 p.p., produtos que representam os laminados longos e planos.
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