Estrutura havia cedido ainda no início de agosto
Cratera foi fechada em Porto Alegre | Foto: Alina Souza
Foi consertada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) a cratera que desde o começo de agosto impedia o trânsito na avenida Loureiro da Silva, no Centro Histórico de Porto Alegre. Desde o final da tarde da última terça-feira, a via está liberada para o trânsito. De acordo com o diretor-geral do órgão, Alexandre Garcia, a previsão inicial de 15 dias para o conserto acabou não se cumprindo, pois, logo após a abertura da vala, foi identificado um segundo tubo que também precisou de reparos.
“Fizemos o reparo em duas tubulações. Um delas, a pluvial, de concreto, em torno de 600 milímetros, que foi o causador original do problema, e, mais abaixo, a cerca de quatro metros de profundidade, outra tubulação, de esgoto, de 1.900 mm, que estava em uma condição precaríssima”, afirma. Parte da rua se rompeu no último dia 3 de agosto, bloqueando três pistas da via, no sentido em direção ao Centro. A área é de aterro e está junto a um lençol freático, fatores que também comprometeram o prazo.
Registro de quando ocorreu a cratera | Foto: Alina Souza
Segundo o Dmae, o buraco na rede pluvial causado pelas fortes chuvas na ocasião fizeram com que a areia abaixo da superfície fosse movida, deixando o espaço oco e engolindo um maior segmento de asfalto. “Depois dos consertos, fizemos a concretagem na volta de todo o tubo de aço. Esperamos o tempo de secagem, onde usamos um polímero para ter maior velocidade, depois colocamos areia e as bases de asfalto. Por último, o recapeamento asfáltico”, informa Garcia.
De acordo com ele, mais um fator que causou esta cratera na Loureiro da Silva foi a presença de uma camada de concreto de 25 centímetros que havia sido construída abaixo do asfalto. Graças a ela ter suportado o peso do asfalto por um longo tempo, o buraco em formação abaixo dela não era visível. Quando esta camada cedeu, a pavimentação veio junto. “A lição que fica é que precisamos ter mais manutenção e visualização destes pavimentos que são feitos posteriores às nossas obras”, comenta Alexandre.
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