Por Felipe Laurence, Valor — São Paulo
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vê que a demanda por aço se estabilizou em níveis pré-pandemia no Brasil e espera que os preços se mantenham estáveis no curto prazo, o que deve sustentar margens altas para os próximos 18 a 24 meses. A declaração foi da diretoria da empresa durante evento para investidores realizado na semana passada.
O analista Caio Ribeiro, do Credit Suisse, escreve que a CSN projeta o minério de ferro se mantendo acima de US$ 100 a tonelada no próximo ano, com as medidas do governo da China para impulsionar o mercado de construção no país dando resultados.
“Como estratégia adiante, a diretoria vai continuar a focar em alcançar nota de crédito de investimento e manter sua política de distribuição de 25% do lucro líquido em dividendos”, diz o relatório.
Ribeiro também nota que a CSN disse estar analisando oportunidades no setor de geração de energia, uma nova linha de produtos de aço galvanizado e quer expandir seu negócio de minério em 20 milhões de toneladas até 2024 e 2025.
Sobre a aquisição recente dos ativos do Grupo Holcim no Brasil, a CSN acredita que consegue aumentar a produtividade das plantas, atualmente em 60% a 65% da capacidade, para chegar perto dos 90% atuais da CSN Cimentos. “A companhia espera tirar R$ 200 milhões em sinergias com a aquisição.”
O Credit Suisse tem recomendação de compra para CSN, com preço-alvo em R$ 62,50, potencial de alta de 85,9% sobre o fechamento de ontem.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO.
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